No domingo, 11, o grupo de voluntários
do Greenpeace de Salvador juntou-se a outras ONGs em um ato pelas vítimas do
acidente nuclear ocorrido na cidade de Fukushima, que completou um ano. Além de lembrar à população que o Brasil está
investindo na expansão da energia nuclear, em detrimento de energias
renováveis, o que traz sérios danos ambientais e sociais. O ato aconteceu no
Dique do Tororó, região central da cidade.
Fukushima é uma cidade localizada
no norte japonês, possui a planta nuclear Fukushima Dai-ichi, que, no 11 de março
teve o terminal 1 atingido por um tsunami – após um terremoto de 8.9 na escala
Richter. O impacto provocou uma quebra do sistema de refrigeração, que é a
principal maneira de promover a “segurança” da reação de aquecimento,
ocasionando, então, o derretimento dos reatores que começaram a emitir
radiação, afetando, diretamente, por conta da evacuação, mais de 45 mil
pessoas, além da poluição do meio ambiente ao redor. Hoje, o Japão sofre as consequências
da “burrice” que foi o investimento em nuclear.
Dita por muitos “especialistas”
como segura, uma usina nuclear é nada mais do que favorecimento econômico,
ainda mais se tratando de um país como o Brasil. Aqui, por conta do vasto e
tropical território, há uma abundância de sol, vento, biomassa, mar, e várias
outras fontes de renováveis, basta ter investimento para haver viabilidade. O
Brasil pode se tornar a primeira grande potência abastecida totalmente por energia
renovável, não podemos jogar esta oportunidade fora. Não podemos continuar
pondo em risco milhões de vidas de seres humanos e do meio ambiente; continuar
na incerteza da proliferação nuclear; na incerteza do que vai nos acontecer haja
um acidente. “Brincando” com a vida dos moradores de Caetité, de Angra, de
Salvador – que fica na rota do Urânio. Nuclear é algo perigoso, conduzido por
humanos e nós, humanos, já mostramos incansáveis vezes que erramos, mas um erro
destes pode ser fatal a todos.
Voluntários da Coalização Anti-Nuclear "Por um Brasil Livre de Usinas Nucleares" |
Então, que continuemos sendo
vozes ativas contra a energia nuclear, continuemos mostrando que não aceitamos
nuclear no Brasil e que temos amor à vida. Este ato no Dique, falou de um ano
de Fukushima, mas poderia estar falando de um ano de Caetité, de Angra, de
Salvador. Atividade foi um sucesso, pois
a maioria das pessoas abordadas assinou a petição proposta pela coalizão
anti-nuclear da qual fazem partes várias organizações, dentre elas, o
Greenpeace, que manda o seu recado: “Errar é humano. Nuclear é burrice”.
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