Por: Cristiane Mazzetti
Na manhã de segunda-feira estávamos em
frente ao Protea Hotels protestando novamente “Ouçam as pessoas e não os
poluidores”. O local e data eram perfeitos, pois o hotel recebia naquela manhã
uma reunião do Conselho Mundial Empresarial
para Desenvolvimento Sustentável, evento que contava com a presença de
representantes de grandes corporações poluidoras.
A campanha é baseada no novo relatório
do Greenpeace “Who is Holding Us Back” (Os Responsáveis Pelo Atraso) que
evidencia como alguns dos grandes poluidores tais como: Shell, BASF,
ArcelorMittal, Eskom, KOCK, bhpbilliton e Tata, fazem um lobby pesado para
travar acordos nacionais e internacionais que tentam mitigar e combater as mudanças
climáticas.
Na sequência, foi lançado o relatório
“The Dirty Dozen in Durban” (O Dossiê Sujo de Durban) que trata de 12
corporações e associações que estão ajudando a adiar um novo acordo global para
combater as mudanças climáticas aqui em Durban.
Você pode acessar os dois relatórios na integra em: http://www.greenpeace.org/international/en/publications/reports/Whos-holding-us-back/
O protesto em frente ao hotel contava
com cerca de 50 pessoas, dentre elas voluntários do Greenpeace e representantes
das organizações 350.org, Waste Pickers Alliance, Ground Work, Climate Action
Network e South Durban Community Environmental Alliance.
Três fantasias chamaram a atenção,
pois representavam alguns líderes mundiais - Harper: primeiro ministro do Canadá; Congresso dos Estados Unidos;
Barroso: presidente da
Comissão Européia - que tinham sobre suas costas porcos pretos segurando um
cabresto, a cena simbolizava a influência dos grandes poluidores sobre as suas
decisões.
Ao mesmo tempo um grupo de sete
escaladores ocuparam pacíficamente o prédio e tentaram colocar um banner no
edifício, mas antes mesmo de consegurem mostrar a mensagem (Ouçam as pessoas e não os poluidores)
foram levados pela polícia.
Pensando que ativismo não deveria ser
crime, foi triste e injusto ver aqueles ativistas serem presos e três deles
deportados. Por outro lado a ação apresentou os reflexos desejados. Entregamos
o relatório “The Dirty Dozen in Durban” para todos que estavam entrando e
saindo do edifício e fizemos muito barulho com gritos de guerra e músicas.
Kumi Naidoo (Diretor Executivo do
Greenpeace Internacional) entrou na reunião levando a nossa mensagem. Ao sair
deixou claro que o protesto teve efeito dentro da reunião, e disse uma coisa
muito interessante: “antigamente era muito difícil conversar com as
corporações, mas que hoje em dias eles optam por ter Greenpeace na mesa para
que não estejam no cardápio do Greenpeace”. Após terminar sua fala e contente
com a ação, Kumi dirigiu-se para a Conferência para mais entrevistas.
No mesmo dia fomos proibidos de
distribuir o relatório “The Dirty Dozen in Durban” na conferência, podemos
traduzir que algum incômodo foi causado.
Mais detalhes sobre a ação em: http://www.greenpeace.org/africa/en/Multimedia/slideshows/The-Dirty-Dozen-in-Durban/
Muito mais está por vir neste último
dia de negociações. Acompanhe-nos também em: http://www.facebook.com/YouthForRenewables
Até
breve!
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